Saudade que virou sucesso



O karaokê como preferência na escolha de casas noturnas

 Por J. Akico
Foto J. Akico

Os barzinhos da cidade de São Paulo começaram a investir no karaokê como uma opção para atrair clientes e aumentar a diversão.
Amigos se divertem no Porque Sim
No bairro da comunidade oriental, a Liberdade, em São Paulo, um dos primeiros estabelecimentos a investir nessa área foi o Karaokê Box e Lamen House Porque Sim. O dono, conhecido somente por Senhor Maeda, chegou ao Brasil há 25 anos e notou que no País do Futebol não existia essa ideia de cantar em público, somente por diversão. Assim criou a casa com esse propósito. O gerente do Porque Sim Nilton Koeiti Yokoyama Junior diz que o diferencial da casa é a repartição em salas “O Senhor Maeda escolheu fazer a casa assim porque no Japão tem o conceito de karaokê box, um espaço repartido por salas. Ele viu que como isso ainda não tinha no Brasil foi a oportunidade para implantar aqui”.
 O estudante Daniel Hou Yin Pai, mesmo sendo de cultura chinesa, frequenta o Porque Sim e garante que o local é atraente “Tem de tudo. Músicas mais velhas e mais novas, japonesas, chinesas, coreanas, americanas e brasileiras. É bem atualizado. Tem salas grandes e outras menores, com sofazinho”. Perguntado sobre o motivo de ir a um karaokê, ele responde “Gosto pelo ambiente e o tempo com os amigos que passo cantando. Traz uma cultura diferente para as pessoas”.
Lamen House no Porque Sim
Criado por Daisuke Inoue, aproximadamente em 1970, em Kobe, Japão, o karaokê começou a ganhar simpatia. Com o desenvolvimento tecnológico, surgiu o Karaokê-Player, uma invasão de lares orientais, e a disseminação mundial foi inevitável. No começo do século XX, os imigrantes japoneses, vindos de diversas regiões da ilha, trouxeram para o Brasil este entretenimento, que diminuía a saudade da Terra do Sol Nascente e juntava, não somente aqueles da comunidade nipônica, como também brasileiros convidados, como consta nos registros da União Paulista de Karaokê.
           A popularização do karaokê foi crescendo e bares, casas noturnas, festas de casamento começaram a investir nesse entretenimento. Em algumas casas, a procura era tanta que as filas se acumularam e as pessoas acabavam desistindo de cantar, pois a demora era maior que a vontade de soltar a voz. Para resolver este problema, a empresária da Rede Biroska de bares, Lilian Gonçalves, inovou. Nas quatro casas que possui no bairro de Santa Cecília, sendo uma delas para uso de cover artístico, criou salas com a possibilidade de reservá-las somente para um grupo de pessoas, alugada por hora. Lilian pretende ir mais longe, construindo a maior rede de videokê da América Latina. “Serão 14 salas para reserva. Não existe nenhum bar com tantas salas assim”, comenta.
Karaokê: Diversão garantida
As diferenças entre karaokê, videokê e dvdokê são sutis. O karaokê é para a pessoa que sabe a música, cantando virada para o público. O videokê é para quem quer cantar, mas não sabe exatamente a melodia, o tempo e a letra da música (há um televisor o qual aparecem a letra e o ritmo). O dvdokê é o aparelho de DVD que permite a conexão do microfone e o uso do DVD apropriado. Além dessas variações, ainda existem softwares que permitem que o usuário cante diretamente no computador, precisando somente de um microfone compatível.

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